Hoje a nutricionista Rita Serra vai falar-nos sobre cancro da mama e alterações na composição corporal.
É sabido que os tratamentos para o cancro da mama influenciam a composição corporal, favorecendo o ganho de massa gorda e a redução de massa muscular.
Entre 30% a 50% das mulheres ganham mais de 5% do peso corporal, podendo esta variação acontecer durante ou após a conclusão da quimioterapia.
Em média são ganhos entre 2 e 3 kg no primeiro ano, após o diagnóstico e o peso ganho parece manter-se aos 3 e aos 6 anos após o diagnóstico.
Tendencialmente são as mulheres pré-menopausicas, que cessaram o tabagismo após o diagnóstico, que são normoponderais a quando do diagnóstico ou mulheres com menopausa induzida pela quimioterapia, quem ganha mais peso.
Por estes motivos e muitos outros, o acompanhamento nutricional e o exercício físico devem fazer parte dos cuidados de saúde prestados a todos os doentes com cancro da mama e desde cedo em todas as fases do tratamento! Mas… Temos um outro problema e que este pode ser evitado: o excesso de peso e obesidade!
O excesso de gordura corporal, assim como o ganho de peso durante a idade adulta, são fatores de risco para o cancro da mama, após a menopausa. Estima-se que um índice de massa corporal entre 25 a 29,9 kg/m2 aumente em cerca de 12% o risco de desenvolver cancro da mama e que um índice de massa corporal acima de 30 kg/m2 aumente o risco em cerca de 16%.
Estudos indicam que antes da menopausa, a obesidade parece não ter influência no risco.
Mas também nos dizem que a obesidade é fator prognóstico para piores desfechos no cancro da mama, aumentando ainda o risco para o desenvolvimento de tumores de grau 3.
Por tudo isto, controlam a vossa composição corporal?
Conhecem os vossos valores? Fiquem atentos, cuidem-se!